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terça-feira, 19 de outubro de 2010





A  lepra da ingratidão


Quão triste perceber que a gratidão é uma rara virtude, o apóstolo Paulo revelou que no fim dos tempos a ingratidão seria uma característica marcante na humanidade. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos...” (2 Timóteo 3, 1-2).
Ingratidão significa: qualidade de quem não reconhece os benefícios ou favores recebidos; que não corresponde aos esforços; mal-agradecido; ingrato...
Ela não é só mal vista perante Deus, pois no mundo, por exemplo, quem trabalha em contratação de funcionários sabe que se no momento de uma entrevista de emprego o candidato for perguntado sobre seu trabalho anterior e o mesmo começar a “enrolar” ele deve ser descartado de
imediato.
Claro que , esta pessoa fará a mesma coisa na nova empresa.
Amado, quem é capaz em Jesus, é capaz! Neste caso se não está gostando do trabalho vai e “corre na frente” de uma porta melhor.
Quem é de Deus, ora por uma oportunidade mais aprazível.
Quem não é de Deus é que coloca um “caminhão” de defeitos para justificar sua vida de derrotado do tipo: foi meu pai, minha mãe, minha família pobre, meu vizinho, a falta de oportunidade, o pastor, a igreja tal...
Se você ainda vive assim está na hora de conhecer e ser eternamente grato ao DEUS que “Levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado, Para o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo.” (Salmo 113, 7-8).
Havia um pastor de um ministério muito criticado, todavia, jamais ele realizou qualquer tipo de comentário público que desabonasse tal ministério, isso porque quem é de DEUS não precisa “cuspir no prato em que comeu” simplesmente porque a presença de DEUS na vida da pessoa a exaltará.
O fruto de DEUS falará por si só: “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.” (Malaquias 3, 18).
É da política do ministério Contemporâneo que os pastores jamais “percam tempo” precioso de pregação do Evangelho para falar de A, B ou C. Altar é o local para ministrar a salvação e a conversão em Jesus Cristo.
De fato, constatamos que a ingratidão está viva e ativa nos mais diversos momentos e formas da vida de muitas pessoas.
Às vezes, a pessoa recebe todo amor, carinho, esforço dentro de uma relação, no outro vira as costas como se nada tivesse acontecido, se esquecendo dos anos de renúncia, de um alto preço pago pelo seu companheiro para manter uma relação de amor e fidelidade.
Sobretudo, podemos observar a pior de todas as formas de ingratidão que é aquela contra DEUS. Será que você tem sido ingrato para com o Senhor?
O Evangelho de Lucas retrata fortemente esta situação na história dos dez leprosos:
“E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos?
E onde estão os nove?
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lucas 17, 11-19).
Dez leprosos foram curados pelo Senhor Jesus, mas apenas um voltou para agradecer.
Foram dez homens leprosos, sofridos, infelizes, vistos pela sociedade como abominação, pois a lepra era considerada uma maldição.
Pois é, ambos estavam à margem, esquecidos num “vale de leprosos” qualquer nas proximidades de Jerusalém, excluídos do convívio social, proibidos do contato familiar etc.
Estes dez homens carregavam no próprio corpo as marcas da dor que era mental, emocional e física, já que a lepra desfigurava o rosto e as extremidades do acometido de tal mal.
Nove deles preferiram primeiramente retomar a vida passada, “recuperar” o tempo perdido, talvez foram convidar os amigos para dar uma grande festa com comida e bebida liberada a noite toda, mas esqueceram do principal: JESUS!
Muitas pessoas ainda preferem ficar só com a “bênção de DEUS” e deixar de lado o “DEUS da bênção”.
Costumo dizer que prefiro uma Igreja Cristã com cem pessoas convertidas, salvas, tementes ao Senhor JESUS, que entram pela porta estreita e seguem pelo caminho apertado, do que uma igreja com dez mil membros que só querem se aproveitar das bênçãos de DEUS como se estivessem num “shopping center religioso” sem nenhum compromisso de vida com ELE.
Pessoas como os nove leprosos que receberam só a bênção, mas continuaram sem a salvação, pois não retornaram para ouvir do Senhor Jesus “levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
Como é maravilhoso entregar a vida para Jesus, ser lavado do pecado, transformado completamente, por isso disse o Salmista em gratidão: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.” (Salmo 40, 2-3).
Somente um leproso agradeceu e era ele “samaritano”. Curioso saber este grato leproso era o único que pelo sistema religioso vigente na época, não deveria ser abençoado.
Isso porque os samaritanos eram indignos, eram também marcados pelo estigma da separação de DEUS.
Mas foi o Samaritano, o “diferente” que voltou! Assim, também, nós retornamos gratos ao Senhor por todos os seus benefícios e ouvimos sua voz dizendo: “...o que vem a MIM de maneira nenhuma o lançarei fora.” (João 6, 37).
Certa vez disse o apóstolo Pedro: “...Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável.” (Atos 10, 34-35).
Por isso que o sentimento que jorra do coração de cada um é o mesmo do Salmista: “Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?
Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo.” (Salmo 116, 12-14).

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